Círculo vicioso de falcatruas gera mais corrupção na política.

De Luzenor de Oliveira - Jornalista

Um mau começo, a construção de caminhos tortuosos e um final de história sem glória e comemoração. É, assim, a trajetória na política para homens e mulheres que fazem do poder público uma extensão do próprio patrimônio. Ou um caminho para se dá bem.
O vício da corrupção alimenta um ciclo de riqueza para alguns que estão sob o guarda chuva do poder – seja na prefeitura, no governo ou no poder legislativo.

E o começo dessa ciranda é na eleição, quando milhões de reais são gastos para a conquista de um mandato. E, depois da posse, o eleito divide o poder com aliados e homens de negócios. Uma tentativa de recupera o que foi investido na campanha eleitoral, aumentar a renda familiar e ampliar riquezas.
É um ciclo vicioso que deixa a política com mais corrupção e a população cada vez mais pobre.
Essa história, porém, pode começar a mudar:
a prisão da prefeita de Trairi – antes mesmo de ser empossada, é duro recado para quem faz da eleição o vale tudo da conquista do poder.

A prisão se deu por crimes eleitorais – compra de votos. E um recado ainda mais duro para quem recorreu a essa mesma prática para ganhar as eleições municipais: novos prefeitos eleitos em outubro poderão ser presos antes do final deste ano no Ceará.