
Confira o que publicou o site BBC Brasil abaixo:
Na Argentina, o Clarín falou em "surra histórica", enquanto oLa Nacíon sugeriu um "Mineiraço". Na Itália, os principais termos usados para comentar o resultado do jogo contra a Alemanha foram "humilhação" e "resultado histórico".
Para o diário Sport, da Espanha, o resultado é "pior que o Maracanazo" de 1950. A imprensa francesa afirma que essa derrota do Brasil será "lembrada pelos próximos cem anos"
A derrota brasileira para a Alemanha foi definida como "humilhante" e "histórica" pela imprensa da Argentina.
O jornal Clarín afirmou que o Brasil sofreu uma "surra histórica", e o La Nación falou que houve um "Mineiraço" – em referência ao Maracanazo, de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai na final em casa.
Em Buenos Aires, as emissoras de rádio e de televisão argentinas seguiam o mesmo tom dramático ao comentar a derrota por 7 a 1. "É uma bofetada na seleção brasileira", disse o comentarista da emissora estatal, Canal 7, que transmitiu o jogo.
"É um momento histórico para o futebol. A Alemanha foi perfeita. Uma paulada futebolística, técnica. Impressionante", disse outro comentarista da mesma emissora.
Ouvintes da rádio Mitre, de Buenos Aires, ligaram para comentar a surpresa que sentiam com a derrota "avassaladora" do Brasil. "Inacreditável. Brasil de pentacampeão a pentagoleado", disse um. Na emissora de televisão TN, o jornalista Nelson Castro disse que espera que a derrota do Brasil "não seja nenhum drama nacional" e que não gere protestos sociais no Brasil.
Itália
Na Itália, os principais termos usados para comentar o resultado do jogo contra a Alemanha foram "humilhação" e "resultado histórico". "O jogo levou os torcedores brasileiros ao desespero", diz o jornal La Repubblica. A partida teria sido um "apocalipse verde-amarelo".
"Brasil humilhado", escreveu o diário esportivo italiano Corriere dello Sport, que considera o jogo contra a Alemanha um "drama coletivo" para a equipe brasileira. Do outro lado do campo a Alemanha mostrou "poesia feita futebol", diz o jornal.
O centroavante brasileiro Fred foi criticado, mas o narador da TV italiana Rai opinou que ele não foi o único culpado do fracasso verde-amarelo na semifinal da Copa. "Felipão também é responsável pelo resultado", disse.
Para o principal jornal de esportes italiano, La Gazzetta dello Sport, o fracasso brasileiro foi uma "humilhação histórica" para a seleção brasileira. O jornal vê um dos principais problemas nos desfalques do time. "Sem Neymar e Thiago Silva, os brasileiros sofreram uma derrota sem precedentes", disse a Gazzetta.
Para o Corriere della Sera, de Milão, o decorrer da partida foi "surreal" e a festa da Copa "se transformou em drama" para a seleção. O enviado ao Brasil, Aldo Cazzullo, aponta que a raiva de alguns torcedores se voltou contra a presidente Dilma Rousseff. "Isso não é um sinal positivo para os próximos dias", diz o jornalista do Corriere.
Espanha
A imprensa espanhola também destacou a derrota histórica do Brasil. Para o diário Sport, o resultado é "pior que o Maracanazo". "Histórico, brutal, inacreditável... Poderíamos dizer mil coisas sobre o que vivemos no Brasil-Alemanha e não seria suficiente. A Alemanha destruiu o Brasil", disse o jornal.
O jornal esportivo AS intitula a pior derrota da história do Brasil como "Sete Maracanazos".
O diário Marca segue a mesma linha e compara o "drama nacional no Brasil" ao Maracanazo, com a manchete "Eterna desonra".
Não apenas os jornais esportivos, como também os principais diários da Espanha destacam a derrota. O El País noticiou: "Alemanha dá uma surra histórica ao Brasil" e registra que o público brasileiro vaiou a seleção no fim da partida.
França
Naufrágio coletivo, desastre, terremoto, humilhação, calvário e bofetada monumental são alguns dos adjetivos utilizados pela imprensa francesa após a goleada sofrida pelo Brasil na semifinal contra a Alemanha.
Comentaristas do canal de TV TF1, que transmitiu a partida, se disseram até "constrangidos" de falar sobre os resultados em razão da enorme goleada sofrida pelo Brasil e ressaltaram a grande diferença técnica entre os dois times.
"O jogo desse time do Brasil nunca convenceu. Ele conseguiu passar no fórceps às semifinais, mas em um momento encontrou adversários de qualidade", afirmou Arsène Wenger, locutor da TF1 e diretor do clube inglês Arsenal, que acompanhou o jogo em Belo Horizonte.
"O desastre", escreve na manchete de seu site o jornal esportivo francêsL’Équipe, afirmando que a seleção brasileira "foi esmagada" pela Alemanha após um início de jogo "catastrófico".
"A Alemanha põe o Brasil em suplício", disse o Le Monde em sua manchete, afirmando que os brasileiros, "humilhados diante da Alemanha", abandonam seus sonhos de ganhar a Copa.
"Houve o drama de 1950 no Maracanã, haverá agora o de Belo Horizonte em 2014. Vítima de uma falência mental e coletiva, a seleção não soube se recuperar do afastamento de seu prodígio Neymar", escreveu o Le Monde.