Ambientalistas do município de Senador Pompeu denunciaram na Corregedoria do Estado a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (COGERH). A denúncia partiu do desrespeito do órgão com a população deste Município do Sertão Central, a 275 quilômetros de Fortaleza.
A denúncia é fundamentada em documentos obtidos após a segunda reunião da Cogerh no dia 12 de Agosto de 2014. Os dados são preocupantes. Segundo a cobertura jornalística do repórter Walter Lima e Reginaldo Araújo, no final da reunião que contou com participação de Instituições públicas, lideranças comunitárias, irrigantes, pescadores, políticos de Senador Pompeu e Quixeramobim, ficou acordado que iriam liberar da válvula do açude Patu a vazão constante de 250 l/s durante 3 meses. Assista ao vídeo com os dados...
No entanto, segundo eles após a reunião, a Companhia de água do Ceará encaminhou um ofício para o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca( DNOCS), determinando a liberação de 350 l/s do açude Patu, passando por cima de uma deliberação da reunião. Com base nisto e nos estudos feitos pelo Engenheiro Agrônomo e doutorando Deodato Aquino a situação é ainda mais alarmante. “Atualmente, o reservatório está com aproximadamente 19.700.000 milhões de m3 (Dezenove milhões de metros cúbicos de água), 28%, sendo que em apenas 1 ano, de agosto de 2013 a agosto de 2014 o açude perdeu aproximadamente 17.000.000 milhões de m3. O mais preocupante é que esse volume atual do reservatório, estabelecido pela COGERH, não existe mais, pois já se passaram 30 anos desde a construção, e a erosão proveniente das chuvas tem acarretado o assoreamento do manancial, possivelmente este se encontra bastante aterrado.
Logo, existe a necessidade urgente da realização de Batimetria para quantificar a atual capacidade do volume do açude. Acrescenta ainda que só a partir daí a COGERH deveria planejar com segurança a vazão de água a ser liberada, para que não venha comprometer o direito fundamental da oferta futura de água para população da região”, conclui Deodato Aquino. A denúncia foi apresentada na câmara municipal do município e no Ministério Público. Segundo a Cogerh se pronunciará nos próximos dias sobre o assunto.
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