Audiência Pública realizada na tarde desta quinta-feira, 26, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará requerida pelo Deputado Ferreira Aragão, PDT, para discutir a violência contra profissionais da imprensa, contou com a participação de representantes e entidades, comunicadores, radialistas, jornalistas de todo o estado. Ferreira ressaltou que é preciso acabar com esse tipo de crimes, sob pena da situação se agravar ainda mais. Ele citou os nomes de sete profissionais da imprensa que foram assassinados nos últimos anos - cinco deles somente em 2015. Para o parlamentar a liberdade tem que ser preservada e as denúncias fazem parte do trabalho dos profissionais de comunicação.
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TV Assembléia transmitia ao vivo e demais meio de TV, revista e jornal faziam cobertura. Foto Adriano Ribeiro |
Durante o debate foi apresentado um documento do Ministério Público onde denuncia sete pessoas envolvidas no assassinato do radialista Gleydson Carvalho. Durante as argumentações os profissionais também participaram e mostraram a realidade dos trabalhadores de imprensa no interior. Maioria das emissoras que pertencem a grupos políticos levam alguns profissionais a estarem a serviço destes patrões.
O Presidente Associação de Imprensa do Sertão Central (AISC), Wanderley Barbosa fez parte da mesa e em seus pronunciamentos salientou as condições em que os profissionais do interior passam, já que nos municípios todos conhecem o radialista e qualquer matéria que venha contra a vontade principalmente dos políticos, são seciados com ameaças e chegando aos extremos como no caso do radialista Glaydson. “Quando se cala um comunicador, cala-se a sociedade” afirma o Wanderley Barbosa.
Representantes das prefeituras de Granja e Senador Sá, além dos vereadores de Martinópole, Raimundo Nonato Fontenele; da Secretaria da Segurança Pública do Ceará, tenente-coronel Fernando Rocha; o presidente em exercício da Associação Profissional dos Cronistas Desportivos do Estado do Ceará, Nelson Oliveira; o representante do Sindicato dos Radialistas do Ceará, Dennis Luiz; e o representante da Associação Cearense dos Jornalistas do Ceará, João Ferreira, também participaram do encontro. Além deles, os deputados Sérgio Aguiar (Pros) e Ely Aguiar (PSDC); o representante do Comitê de Imprensa da Câmara dos Vereadores de Fortaleza, Alexandre Rangel.
Uma comitiva do Sertão Central foi formada pelo jornalista e radialista Wanderley Barbosa, Cleumio Pinto, Francisco Ferreira (Pio), Biro Belo e Zandra.
Foto Cleumio Pinto |
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado José Ailton Brasil (PP), os profissionais de imprensa são fundamentais para a democracia por exercerem a fiscalização e a crítica.
Vale salientar, que seja qual for o estilo de trabalho adotado por um profissional da imprensa, jamais merece ser calado. Como disse o Deputado José Airton Brasil,PP, se alguém se sentir caluniado ou difamado por um jornalista, deve buscar a reparação na Justiça.
Informações do site Sertão Alerta/ Cleumio Pinto
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Configurem crime de calúnia, injúria ou difamação;
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.